A proposta foi feita pelo vereador Jefferson Moura (Psol) em 2014 e aprovada pela Câmara Municipal do Rio, antes de ser sancionada.
Selarón foi encontrado morto aos 65 anos na escadaria que começou a colorir cerca de 20 anos antes. Por ocasião da Copa do Mundo de 1994, Selarón homenageou o país que o acolheu desenhando a bandeira brasileira com retalhos de azulejos. Mais de duas mil peças foram utilizadas. Depois, Selarón passou a construir uma espécie de jardim, plantando flores em banheiras.
“O artista fez tudo sozinho. Nunca se importou com os calos e a dor nas mãos. Obcecado, no auge da obra, só parava quando não tinha mais recursos para comprar os materiais. Aí voltava a pintar quadros para ganhar dinheiro para poder continuar seu trabalho artístico”, diz o vereador Jefferson Moura na proposta da lei.
Trabalho reconhecido
A vida do artista virou documentário. O cineasta Stéphano Loyo retratou a obra do chileno no filme “Selarón”.“Ele era um grande personagem, ele era apaixonado pelo que fazia, eu decidi fazer o documentário porque eu já conhecia e já era encantado não só pela obra, mas também pela pessoa”, disse ao G1 em 2014. A morte de Selarón correu o mundo. Os sites da BBC News, The Guardian, La Nación e dezenas de outros jornais internacionais repercutiram a morte do artista plástico.
O trailer de ‘Selaron, a grande loucura’: https://youtu.be/pXHqsjZx8xY
Gabriel Barreira / G1 do Rio.