A morte é o caminho natural da vida. Entre o nascimento e a partida temos as condições de construir os percursos os quais escolhermos para a existência de cada um de nós.
Quanto tempo durará a nossa trajetória é a pergunta diária que preferimos ignorar, a fim de evitar que nos tornemos prisioneiros dessa certeza.
Pouco importa quantos anos teremos de vida. Vale mais pensar que somos imortais, porque tudo o que fazemos transcenderá um período e permanecerá para sempre no Universo, nutrindo as pessoas com as quais nos relacionamos e as gerações que virão.
Vivemos o presente apontando para a eternidade. O que praticamos agora, além de estimular mudanças instantâneas, pode inspirar o futuro de nós todos e daqueles que chegarão.
Perder familiares, amigos, entes queridos ou ídolos é uma experiência muito triste, às vezes inconsolável pelas ausências físicas. Mas ao observarmos as histórias dessas pessoas perceberemos que elas jamais desaparecerão.
Não controlamos a duração da nossa existência, mas temos a condição de escolher, transformar e agir no tempo em que aqui estivermos para viver da melhor maneira, e contribuir para que a felicidade seja um bem comum, compartilhado, disseminado e alimentado com a sinceridade, os aprendizados, e os afetos entre cada um de nós e entre todos aqueles que fazem o Planeta Terra ser o que é, e o que ele poderá ser. Por aqui, fico. Até a próxima.
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Leno F.Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.