Teatro Municipal reabre na Mooca e será sede do Clube do Choro de SP

O Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo, na zona leste, foi reaberto aos cidadão paulistanos na manhã desta última terça-feira (18). Ele estava fechado desde o final de 2011, por problemas como infiltrações, e passou por obras de modernização, ampliação e reforma. Com investimentos de R$ 7,8 milhões, o espaço cultural, que foi inaugurado em agosto de 1952 e completou 63 anos neste mês, ganhou a requalificação da caixa de palco, com a instalação de recursos mais modernos de cenotecnia para teatro e sistema de projeção, nova cabine de controle de som e luz, melhorias na acústica, ar-condicionado com sistemas de controle independentes para palco e plateia, além de poltronas mais confortáveis e adequadas.

A reabertura do Arthur Azevedo se soma às reinaugurações dos teatros Flávio Império, na Penha, que aconteceu no fim de janeiro, e Paulo Eiró, em Santo Amaro, que está prevista para os próximos meses, em um plano municipal para resgatar os chamados teatros de rua na cidade. Além da programação de grandes espetáculos, como um show de Ângela Maria e Cauby Peixoto que acontecerá no próximo dia 28, o teatro mooquense servirá também de sede do Clube do Choro da cidade de São Paulo. Haverá shows do estilo musical um final de semana por mês (de sexta a domingo) e uma roda semanal, aos sábados.

A programação será iniciada nesta sexta-feira (21), com apresentação de um grupo icônico do estilo, Izaías e seus Chorões. “Neste ano, estamos devolvendo para a cidade três teatros completamente reformados e atualizados do ponto de vista do equipamento, seja na acústica ou na iluminação. Esse [Arthur Azevedo] tem uma peculiaridade, porque está sendo devolvido à comunidade com a instalação do Clube do Choro, que é uma tradição antiga da cidade”, afirmou o prefeito Fernando Haddad.

O teatro ainda foi ampliado com um novo prédio anexo de 500 metros quadrados, com cobertura impermeabilizada e sombreamento, além de receber intervenções que garantem acessibilidade plena ao público, atores e funcionários. “Esse anexo é um espaço muito importante, tanto como apoio ao teatro como um local onde poderá funcionar as rodas de Choro, eventualmente, o curso de formação em Choro, que a gente tem intenção de abrir aqui a partir do ano que vem. É um teatro importante, amplo e com esse anexo, ele ficou maior ainda”, disse o secretário municipal da Cultura, Nabil Bonduki.

Além da modernização, o teatro também mudou seu nome, mantendo a homenagem ao dramaturgo maranhense Arthur de Azevedo, mas com inclusão da palavra municipal e o nome do bairro. “A Secretaria está propondo alterar os nomes dos teatros, para dizer que eles são teatros municipais e de onde eles são. Neste caso, já está na placa, ele vai ser chamado assim, e com isso, a gente homenageia a Mooca e também referencia o fato de ser um teatro do município. A cidade tem 11 teatros”, afirmou Bonduki.

“O fato de aqui ser a casa do choro será uma grande notícia para São Paulo, porque os chorões e choronas da cidade terão onde se referenciar geograficamente e institucionalmente. É um passo importante para deflagrar um processo de resgate e progressão do que tem de melhor na Música Popular Brasileira”, disse Haddad.

O Teatro Municipal da Mooca Arthur Azevedo tem projeto original do arquiteto Roberto Tibau e é tombado pelo Conpresp como exemplo de arquitetura modernista em São Paulo. Ele está localizado em um terreno de 3.000 metros quadrados, com 349 lugares sentados, sendo 16 especiais, além de 26 vagas de estacionamento, sendo cinco exclusivas para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A reforma e modernização conta com projeto da arquiteta Silvana Santopaolo, do Gerenciamento Técnico de Obras da Secretaria Municipal de Cultura. A reinauguração acontece um dia após o aniversário de 459 anos da Mooca.

“Essa entrega é muito importante, porque ele estava há quase quatro anos fechado, passando por reformas e agora é uma realidade, ele é nosso, chega no mês de aniversário e é um grande presente para a Mooca”, afirmou o subprefeito Evandro Reis.

“Esse presente tão aguardado pela Mooca pode nos ajudar ainda mais no desenvolvimento de nosso bairro”, disse o superintendente da Associação Comercial de São Paulo Distrital Mooca, Francisco Parisi.

Também participaram da cerimônia de reabertura os secretários municipais Roberto Garibe (Infraestrutura Urbana e Obras), Simão Pedro (Serviços) e a vice-prefeita Nádia Campeão.

Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação.

 

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