Minha Buenos Aires querida

Na chegada, não usei os serviços dos veículos que circulam dentro do Aeroparque. A maioria trabalha com taxímetros adulterados e fazem trajetos mais longos para que a cobrança seja abusiva.

Triste prática oportunista, mesquinha, que denigre a imagem desses profissionais e fortalece o Uber e os aplicativos semelhantes, além de prejudicar os turistas desavisados.

Embora tenha ficado restrito aos bairros de Recoleta e os diferentes Palermos, abusei de uma das coisas que mais gosto: caminhar. Numa soma rápida, devo ter percorrido uns 15 km em idas e vindas diárias.

As ruas planas, arborizadas e a falta de pressa foram fatores que contribuíram para que essa atividade física fosse prazeirosa sem ser repetitiva.

Como andar atiça o apetite, desta vez priorizei as vivências gastronômicas fugindo dos lugares turísticos e privilegiando bares e restaurantes frequentados pelos portenhos, com boas comidas e preços justos.

Nessa linha, amei a cozinha árabe / armenia do “Sarkis”, adorei as empanadas do “Pekin”, o frango frito e o arroz com feijão do “Nola”, o hambúrguer do “Burguer Joint”, e me senti um verdadeiro Master Chef no “The Argentine Experience”, um espaço que permite imersão prática na culinária dos argentinos acompanhada de vinhos inesquecíveis, de boas histórias, e de gente bacana.

Para encerrar o “tour”, um autêntico churrasco na “La Escondida”, onde aprovei os cortes bovinos “Vacio” e “Colita”, saborosos, num ambiente agradável e familiar.

No quesito sobremesa, troquei a tradicional dupla – sorvete e alfajor – por uma generosa fatia de bolo de chocolate recheado com musse do mesmo sabor, da doceira “Chungo”: divina escolha numa excepcional combinação que repeti antes de voltar, mesmo sabendo do seu altíssimo valor calórico. Esse foi um exagero consciente, que pretendo fazer de novo na minha próxima visita. Enquanto isso, sempre que passear no Parque Buenos Aires de Sampa (Buenos Aires é aqui!), me lembrarei dessa maravilhosa viagem. Por aqui, fico e até breve!

***
Leno F. Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Escreve às terças-feiras no São Paulo São.

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