São Paulo e os seus amores

Em se tratando da cidade de São Paulo, que acabou de completar 465 anos, aparentemente o risco do seu desaparecimento inexiste, a não ser que alguma catástrofe ambiental, bélica ou atômica provoque a sua destruição parcial ou total.

Otimista que sou e olhando pelo retrovisor, desde a sua fundação até agora, essa metrópole só avança. É possível questionar se os modelos de crescimento e de desenvolvimento foram adequados, mas essa é uma reflexão permanente. Não obstante a essa constatação, é aqui que vivemos; e é ela que nos convida a enfrentar e a superar as nossas contradições a cada instante.

Como ocorre com os seres humanos, a data de aniversário pode ser comparada a um rito de passagem, e que marca o início de uma nova etapa. Somos lembrados pelos entes queridos e, graças às redes sociais, recebemos felicitações de pessoas que nem conhecemos direito. Em se tratando de ganhar parabéns, todos são bem-vindos.

Esse comportamento humano, de certa forma aconteceu com São Paulo na semana passada. Além das manifestações espontâneas de afeto da nossa gente, das atrações culturais organizadas pelas diversas instituições sediadas aqui, algumas empresas produziram peças de comunicação especiais como, por exemplo, uma que brinca e faz trocadilho com os nomes dos nossos bairros.

Ocorre que precisamos nos cuidar e nos importar com a cidade o tempo todo, e não apenas na data do seu aniversário. São Paulo somos nós todos. Nós fazemos essa metrópole acontecer e somos responsáveis pelo que ela é hoje e pelo que ela será nos próximos 465 anos.

É certo que nós não estaremos vivos para celebrar os 930 anos de Sampa. Contudo, as escolhas e as decisões que fizermos agora e, diariamente, poderão influenciar o futuro dessa metrópole e das pessoas que cantarão: “São, São Paulo meu amor, São, São Paulo quanta dor”*; ou outra canção, quiçá para falar só de amores. Por aqui, fico. Até a próxima.                                                                                                                    

*Trecho da letra “São, São Paulo”, de Tom Zé.

***
Leno F. Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Escreve às terças-feiras no São Paulo São.

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