O evento também marcou o primeiro ano da ação. Além das vagas, a bolsa oferecida aos participantes será reajustada para o valor de R$ 910, permitindo que eles se dediquem exclusivamente aos estudos durante os dois anos de vínculo com a Prefeitura.
Cerimônia de formatura do curso de Direitos Humanos e Cidadania do Programa Transcidadania. Foto: Leon Rodrigues / SECOM.
Com o Transcidadania, duas das formadas do ensino médio prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, pelas notas, possuem condições de entrar em uma universidade. Uma delas é Paloma Castro. “A minha vida mudou completamente depois do programa. Ele me fez recuperar meus valores como pessoa, meu caráter, minha dignidade, e hoje eu posso sonhar com um futuro melhor para a minha vida pelos meus estudos, e não em um mundo de prostituição”, disse Paloma.
“A educação formal que vocês estão tendo é importante, mas o alcance desse programa pode superar o alcance do ProUni, do Enem, se ele mudar a maneira de as pessoas se comportarem na sociedade. Não é a educação em sala de aula, mas a educação fora da sala, as regras de convívio que podem tornar a sociedade mais feliz”, disse Haddad aos formandos.
Neste ano, a Coordenação de Políticas LGBT, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, contará com um orçamento de R$ 8,8 milhões. O valor foi aprovado pela Câmara Municipal e representa um aumento de 130% em relação a 2015, quando foi de R$ 3,8 milhões.
“Além de estarem se formando, algumas no ensino médio e outras no ensino fundamental, muitas de vocês tinham aspirações no início do programa que hoje são outras, com um horizonte muito mais amplo”, afirmou o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy.
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“Cuidar de uma cidade significa cuidar de todas as pessoas. Respeitar todas as pessoas. E o nosso papel é dizer que São Paulo não é uma cidade de alguns, é uma cidade de todos. De todas as pessoas que olham para essa grande cidade e sonham em ter uma oportunidade de ser feliz aqui do jeito que são”, disse o secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), em parceria com as secretarias de Políticas para Mulheres (SMPM), Educação (SME), Saúde (SMS); Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) e Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), além de outros colaboradores.
“Nos implantamos essa política no país que mais assassina travestis e homossexuais. São seis secretarias envolvidas tanto na construção desse programa como na execução dele no dia-a-dia. É uma política pública séria, uma opção corajosa e arriscada que pode mudar a vida das pessoas, servindo de exemplo para outros municípios e estados”, afirmou o coordenador de Políticas Públicas LGBT da SMDHC, Alessandro Melchior, que nos próximos meses irá aos Estados Unidos apresentar o programa.
Também estiveram presentes no evento a primeira-dama e coordenadora do programa São Paulo Carinhosa, Ana Estela Haddad, e as secretárias municipais Denise Dau (Políticas para Mulheres) e Cristina Cordeiro (Assistência e Desenvolvimento Social – em exercício).
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Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação.