Pode somar: lavagem, shampoo, condicionador, corte, reflexo, escova, cutícula; pintura das unhas das mãos e dos pés; depilação com cera quente, cílios e sobrancelhas, drenagem linfática e o que mais mesmo? Bem, a lista pode crescer muito porque a maioria deles aproveita o espaço e o tempo que as freguesas ficam por lá para oferecer acessórios e produtos complementares, como brincos, bolsas, colares, vestidos, lingerie; batons, perfumes, desodorantes e outras necessidades que contribuem para a ampliação do faturamento e a satisfação da clientela. É aquela velha história de unir o útil ao agradável.
Independente do perfil do salão alguns ingredientes são imprescindíveis: som ambiente, água, café e chá para degustação. E todas; disse, todas, as revistas de fofoca para distrair enquanto a cliente espera a sua vez, aguarda a tintura “pegar” ou naquele momento crucial em que o cabeleireiro ou a cabeleireira apara os seus fios e só deixa você ver o resultado depois que tudo acabou.
Tem situações em que uma visita ao “hair design” pode valer uma terapia. Lá você ouve relatos tragicômicos, palpita na vida dos outros, sugere encaminhamentos para casos sentimentais e até pode fazer negócios, porque o salão de beleza é freqüentado por todo mundo. É lá, diante do espelho que muitas mulheres – e homens cada vez mais – se olham de verdade e entram em contato com o “eu” mais profundo. Há caso de clientes que depois de um corte, um conselho da amiga seguida de uma drenagem linfática, revolucionou as suas vidas. E estão muito felizes até agora.
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Leno F.Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.