Como você acha que deve ser um cinema? Fizemos essa pergunta ao garoto Cauã Vinicius, de 10 anos, no ônibus, num passeio da São Paulo Carinhosa rumo ao cine Caixa Belas Artes, numa manhã do período das férias escolares, para ver o filme Kiriku e a Feiticeira.
“Deve ser uma sala grande, com umas dez cadeiras, talvez mais, umas vinte. Ah, e deve ter uma televisão grande”, conta o garoto, entre a inquietude de chegar, a descontração de cantar com os amigos e assistentes sociais presentes, pais e familiares, e o olhar embevecido pelos lugares que o ônibus passava. Ele ficou ainda mais contente quando passamos pela rua da Consolação.
E cada passageiro comemorava ao seu jeito o passeio. Uns ficavam quietos, com olhos grudados na paisagem, nos carros, nos túneis. Outros aproveitavam para cantar e brincar. Quando chegou ao Cine Belas Artes, Cauã admirou os quadros de filmes na parede, a máquina de estourar pipoca, as cores, o bebedouro.
E depois…Bom, o depois vocês podem ver nessa videorreportagem de pouco mais de um minuto. Esse passeio é fruto de um trabalho silencioso que a Prefeitura de São Paulo realiza por meio da São Paulo Carinhosa, Secretaria Municipal de Cultura, em especial à SPCine, que articulou o formato do projeto com o cine Caixa Belas Artes, e também a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Nosso propósito é proporcionar a ida de crianças e famílias em situação de vulnerabilidade social a espaços culturais. É também um jeito de promover a inclusão por meio do cinema, importante instrumento de humanização da cidade e formação cultural e humanística. A ação é uma experiência inicial e integra uma política cultural que só tende a se fortalecer. Um agradecimentos especial a todos os envolvidos.
Ana Estela Haddad é odontopediatra, primeira-dama da cidade de São Paulo e coordenadora da São Paulo Carinhosa.
Fonte: São Paulo Carinhosa.